segunda-feira, 1 de março de 2010

O refúgio que de mim se escondeu



Preclaro por mim… ali
quais formas e texturas
quais rascunhos mal apagados
em sim mesmo finitos, em mim mesmo acabados

Direcção diferente em que vagueando caminho
estranha, sempre diferente nunca igual
destino que passo mas não sublinho
sombra incompleta que me amparas neste desigual

Embaladado no promíscuo vento da sociedade
deixado no rasto etéreo da verdade
meu desejo omitido, minha cobardia revelada
frase triste em meu mar velada

Cantam-se as entranhas de alguém
a história de quem passou mas não viveu
descurado jeito tão só, tão abandonado
de alguém que se lembra do dia em que morreu
esquecendo as horas tardias em que nasceu

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