sexta-feira, 19 de março de 2010

No novelo do sossego

Recôndito e calmo sossego
calado pelos dizeres, desfeito pelos fazeres
agitado pelo pousio de um silêncio já findo
acordado, ao nada do todo de meu mundo

Surdo, vazando por um silêncio ouvido
que se distinga de outros sons já passados
o frenético soluçar de um olhar mudo
pálida sepultura de uns lábios entre si beijados

Latente eco que roça as estradas da minha mente
desvendado o segredo silenciado no momento acordado
lúcidas e pousadas horas de um vago presente
remorsos sujos de um qualquer então acabado

Partiram as desventuras de um longínquo já deixado
nas mãos do nada acabados, hirtos de olhar pesado
deixadas ao precipício de um qualquer acaso
momento que finda o nada pronto a ser aceso

Defronte, olhando o pálido insistir inventado
usado, em si mesmo já acabado
debruçado sobre o raro vulgar de tentativas deixadas
de todas elas sonhos de vidas passadas

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