segunda-feira, 1 de março de 2010

A mancha do meu corpo



O meu corpo emprestado ao tempo
minha vaga alma, doce contrasenso
remotas etapas de deixas levadas ao vento
irreflectido jogo de uma certeza feita hipótese

Trausente núcleo de que se abastece o mal
apanágio escuro de um êxtase total
vidas arrancadas ao sabor da amargura
cuja noite alisa em sono o que não dura

Perdida, na inconstância perdida
rogo por me curar da maré deixada
sonoro ritual que comanda cada dia
em cada uma, precária forma de magia

De mil homens, se faz o mundo
mas nem de um se faz o meu
a margem já passada, o poço já fundo
vida em mim que outrora se perdeu

1 comentário:

  1. Eia Vasco, tá lindo! :O
    Tens tanto jeito! Pá a foto tá uma beca pornográfica... LOL não tá nada, é arte! :)
    Beijinho*

    ResponderEliminar