Vivo amedrontado pelo medo de ter medo
pelo medo de ser medo e pelo medo que o medo me tenha
amedrontado sei que existo, porque do medo o medo persiste
medo do medo tenho porque do medo sei que tenho medo
Há em mim um medo de ter medo
de experimentá-lo, de senti-lo, de o tentar
tenho medo do medo que não tenho e que possa vir a ter
tenho medo do nada de nada ter e de tudo medo ter
Sou medo que vagueia e que medo tem de ser
rogo pelo medo, pelo medo de o medo não me ver
vivo com o medo pelo medo de pensar
morro sem o medo com o medo de o medo me matar...
domingo, 2 de maio de 2010
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