
Dispo de medo o cansaço ausente
falta de sombra nesse escuro presente
o suor de quem clama por horizontes escondidos
essa procura entre segredos outrora omitidos
Sobre o cipreste da razão
folha podre prostrada em minha mão
a sede de anseio que sobre os olhos caminha
o mistério atrás das paredes deste céu
Devassam-se os desejos entre a pele gasta
marcada, fingida, sentida, perdida
o toque da pena nesse mastigar solúvel
de um segredo atrás nesse tempo visível
Entre as lágrimas da chuva pesadas
dessas mágoas de lamúria carregadas
o abraço do longe nesse apagado traço
a escrita sem cor nessas linhas sem dor
Despidas as árvores do calar nocturno
madrugadas as folhas nesse despertar repousado
as almas perdidas em solidão encontradas
nesse funeral de paixão de imagens criadas
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